A linha do tempo da compreensão do cérebro e da mente revela que, na Antiguidade, a trepanação no Egito mostrava um entendimento inicial dos danos cerebrais. No Século V a.C., Hipócrates reconheceu que o cérebro é importante para a sensação e inteligência. Platão e Aristóteles, nos Séculos IV-III a.C., discutiram como cérebro e mente estão relacionados, e, no Século II d.C., Galeno observou a ligação entre lesões cerebrais e perda de funções mentais, sublinhando a importância do cérebro.
Nos Séculos X-XI, Abulcasis e Avicena contribuem para o conhecimento do cérebro, destacando “O Cânone da Medicina”. No Renascimento, Vesalius estuda a anatomia cerebral em “De humani corporis fabrica”. No Século XVII, Descartes propõe a relação entre mente e corpo. Na Idade Moderna, Galvani descobre a eletricidade dos nervos, e no Século XIX, Flourens mapeia funções cerebrais. No final do século XIX, Golgi e Cajal revelam a estrutura do neurônio com técnicas de coloração.
Para concluir, a Idade Contemporânea (Século XX) marca a neurociência como um campo independente, com avanços em neuroquímica, neurofisiologia e neuroanatomia. Nomes como Eric Kandel e Francis Schmitt ajudam a unir diferentes áreas do conhecimento com a neurociência. Alan Hodgkin e Andrew Huxley descrevem como os neurônios transmitem sinais elétricos.
No Século XXI, a neurociência se expande para áreas interdisciplinares, como a neuropsicopedagogia, que analisa a relação entre cérebro, comportamento e aprendizado. Avanços em tecnologia, como a neuroimagem, possibilitam um estudo mais detalhado do cérebro.
A neurociência foca em temas como aprendizagem e motivação, buscando aplicações na educação e reabilitação, além de intensificar a relação com filosofia e ética para uma compreensão mais completa do comportamento humano.
Referências
- MOHAMED, A. (2008). Neurociência ao longo da história: do Egito Antigo à Pesquisa Moderna.
- DEDO, S. (2001). Origens da Neurociência. Imprensa da Universidade de Oxford.
- FINKELSTEIN, J. (2013). Neurociência: uma perspectiva histórica. Imprensa da Universidade de Cambridge.
- COWAN, W. M., et al. (2000). As origens da neurociência. Imprensa da Universidade de Oxford.
- OLIVIER, E. (2008). Neuropsicopedagogia: Bases Teóricas e Práticas. Editora Vozes.
- Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Derrame dos EUA. (2018). Compreendendo o Sistema Nervoso.
- NÖEL-PÉTROFF, M., et al. (2015). Aplicações da Neurociência na Educação. Springer.
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