O Cérebro funciona por meio de processos cognitivos, certo? Afinal a palavra Cognição na Psicologia está associada ao processo de aprendizado e elaboração do conhecimento. E por meio desse processo cognitivo é que o ser humano consegue desenvolver suas capacidades intelectuais e emocionais, isto é, linguagem, pensamento, memória, raciocínio, capacidade de compreensão, percepção, etc.
A Neuropsicologia, por sua vez como a compreendemos atualmente, diz respeito à disciplina de base teórica e aplicação prática clínica e experimental, que resulta da interface entre neurociência e psicologia cognitiva, dispondo em seu cerne o estudo das relações entre cérebro e comportamento (Golden et al., 2017). Adicionalmente, a Neuropsicologia descreve as etapas de aquisição e desenvolvimento das habilidades neurocognitivas durante as fases críticas de maturação sendo que, por vezes, esses modelos explicativos para tais associações decorrem das variações provocadas por lesões e/ou patologias, de forma inata ou adquirida e de curso reversível, sequelar e/ou progressivo.
Seja quais forem o prognóstico dessas últimas afirmações, tais funcionalidades comprometidas ou não, emitem um comportamento no ambiente, ora funcional ou disfuncional, evidenciado ou intrapessoal. Nesse sentido, julgo indispensável ao Neuropsicólogo Comportamental responder duas perguntas: Como esse cérebro comporta? – Isso passa pela áreas preservadas e comprometidas ou a forma de pensar (nesses sentido consideramos o pensamento como comportamento uma vez que quem pensa, comporta pensando sob a influência de algo (alguma coisa) que existe no ambiente ao longo de sua existência/construção), ainda que em mitos.
Quando se diz sintomas em psicopatologia não se está fazendo referência apenas às respostas biológicas do organismo, mas sim a comportamentos e esses precisam ser analisados funcionalmente. Nessa direção, Chagas (2013) sugere que analistas do comportamento possam utilizar manuais classificatórios como o CID 10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) e o DSM para facilitar e complementar a realização da análise funcional.
Embora esses materiais apresentem diversas limitações, quando utilizados de forma crítica e cuidadosa, constituem uma ferramenta útil por possibilitarem um ponto de partida, oferecendo não somente informações da topografia (que também são consideradas em uma análise funcional), mas fornecendo subsídios para que o terapeuta investigue mais atentamente determinados aspectos da história de reforçamento do cliente.
Referências:
https://www.scielo.br/j/ptp/a/8HtkkNskDLKyBf4gNT99jrp/
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