Neuropsicologia: contribuições para a prática clínica

A partir de um refinamento localizacionista e interação com outros saberes como a neurologia, psiquiatria e a psicologia em si, a neuropsicologia gradualmente se consolida no cenário, como se percebe atualmente. Desta forma, hoje se configura no campo de estudo da função cerebral e do comportamento, isso, devido ao seu impacto direto na adaptação cognitiva, comportamental e psicossocial do sujeito. É desse modo que a Neuropsicologia apresenta considerações significativas para a compreensão e o tratamento das pessoas em condições psiquiátricas dentre outros transtornos. Tais contribuições vão além das questões metodológicas, e sim, perpassam por uma sólida teoria e um significativo empirismo acerca de seu objeto de estudo. 

A Neuropsicologia desempenha um papel crucial na compreensão dos transtornos neuropsiquiátricos, uma vez que, conforme já dito,  busca investigar as relações entre as funções cerebrais e o comportamento humano, permitindo uma abordagem mais completa com maior assertividade na identificação, avaliação e tratamento dessas condições. Assim, na prática, a título de exemplo, a Neuropsicologia ao avaliar habilidades como memória, atenção, linguagem e funções executivas, é possível detectar padrões anormais que podem indicar a presença de uma condição neuropsiquiátrica. 

Para além, contribui para a compreensão do impacto dos transtornos no cotidiano do paciente, identificando déficits específicos que podem ser alvo de intervenções terapêuticas, fator que permite o desenvolvimento de estratégias personalizadas para cada indivíduo, considerando suas características cognitivas e emocionais. Com efeito, a partir desse arcabouço, nota-se a importância da Neuropsicologia para a identificação, avaliação e tratamento dos transtornos neurológicos e num tratamento psicoterapêutico mais assertivo. 

Estudos científicos demonstram que esse profissional – neuropsicólogo, é indispensável na legitimação de um diagnóstico, afinal, a Neuropsicologia desempenha um papel essencial na compreensão dos transtornos neuropsiquiátricos, tanto na identificação e diagnóstico preciso, como na investigação dos transtornos subjacentes e no desenvolvimento de estratégias terapêuticas.