A evolução do Natal na história cristã: da Epifania à festa do nascimento de Cristo

Dentre as festas cristãs principais, o Natal é a mais recente em termos de origem, tendo seu nome adotado apenas na Idade Média.

Nos primeiros séculos, os cristãos tinham a tendência de celebrar o dia da morte de uma pessoa, e não o seu nascimento. A igreja, desde cedo em sua história, observava anualmente a morte de Cristo e também honrava muitos dos primeiros mártires no dia de sua morte. Antes do século IV, as igrejas no oriente – Egito, Ásia Menor e Antioquia – celebravam a Epifania, a manifestação de Deus ao mundo, celebrando o batismo de Cristo, seu nascimento e a visita dos magos.

No início do século IV, os cristãos em Roma começaram a celebrar o nascimento de Cristo, e essa prática se espalhou ampla e rapidamente, de modo que a maior parte do mundo estava observando a nova festa ao final do século. A controvérsia sobre a natureza de Cristo, se ele era verdadeiramente Deus ou um ser criado, levou a ênfase crescente da doutrina da encarnação, a afirmação de que “a Palavra tornou-se carne” (Jo 1.14). É possível que a urgência em proclamar a encarnação tenha se tornado um fator importante na difusão da proclamação do Natal.

Não há evidência acerca da data exata do nascimento de Cristo. O dia 25 de dezembro foi escolhido por motivos tanto teológicos quanto práticos. Em todo o Império Romano, diversas festas eram celebradas em conjunto com o solstício de inverno. Quando o Cristianismo se tornou a religião do império, a igreja se viu obrigada a suprimir ou transformar essas festas. O solstício de inverno parecia uma boa época para celebrar o Nascimento de Cristo, transformando a festa do sol na festa do Filho, a luz do mundo.


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