O Sacrifício e intelectualidade

Como se sabe, a prática, o hábito de leitura exige, do “consagrado” ao ofício de leitor, um exercício físico e psíquico que demanda tempo, persistência e prazer.

Anteriormente podemos perceber que crianças incentivadas por seus pais tende a desenvolver o hábito e gosto por práticas literárias, o que permite acreditar que essas serão mais propensas a perpetuar o hábito, claro que não necessariamente o tempo todo ou a vida toda e de uma forma frenética. Contudo, não significa que aquele que busca tal nobre ofício ou se depara com a beleza da leitura, não possa independentemente da idade ser um leitor voraz.

Pode ser que algumas pessoas achem bonito o fato de simplesmente dizerem que são leitores, achem elegante, intelectualizado e, devo concordar com o professor Leandro Karnal, em um vídeo que assisti cujo o nome não me recordo, onde o professor afirma que em muitos casos, as “leituras dessas pessoas são rasas”, contudo, acrescento que embora possa haver uma superficialidade em muitos, ainda assim já é melhor do que não se interessar por leitura alguma. No caso, melhor que achar bonito o ato de ler, ver alguém desenvolvendo o hábito da leitura é lindamente mais bonito.

Quando é mencionado o ato de ver, me refiro a dois sentidos: ao próprio ato, que é estar em qualquer lugar, seja público, na fila, no ônibus, em praça pública, consultórios. É aquele momento em que ficamos esticando o pescoço para ver que livro aquela pessoa está lendo. No meu caso em particular, a pessoa com um livro na mão já se torna interessante em algum aspecto 😁. O outro sentido do ato de ver, está relacionado com o prazer, com o contentamento de se jogar no livro que te chama à atenção, está relacionado com aquele texto ou aquela frase que se tornou chave para o seu momento, seu dia, sua vida; no entanto, está ligado ao bem sublime da sensação de ter concluído um livro do começo ao fim. Este caso se relaciona com a luta e a ansiedade para não ir diretamente ao final, o deleite de ver as páginas de um calhamaço lida uma a uma, ver e vencer o tempo e a distância da chegada cujo a espera é aliviadas com um bom texto, e assim, ver findar a última página, mesmo com o gostinho de quero mais, ver é toda a magia do livro, isso é prazeroso.

O outro sentido do ato de ver, está relacionado com o prazer, com o contentamento de se jogar no livro que te chama à atenção, está relacionado com aquele texto ou aquela frase que se tornou chave para o seu momento, seu dia, sua vida; no entanto, está ligado ao bem sublime da sensação de ter concluído um livro do começo ao fim. Este caso se relaciona com a luta e a ansiedade para não ir diretamente ao final, o deleite de ver as páginas de um calhamaço lida uma a uma, ver e vencer o tempo e a distância da chegada cujo a espera é aliviadas com um bom texto, e assim, ver findar a última página, mesmo com o gostinho de quero mais, ver é toda a magia do livro, isso é prazeroso.

Por fim, pensando sobre o leitor, é compreensivo que compramos mais livros do que lemos. A oportunidade é a economia no bolso do leitor e a chave para não falir. O leitor por sua vez, é antes de tudo um bibliófilo que de tanto amor pelos livros os devora em conteúdo. O leitor de fato tem algo a mais. Não é apaixonado só pela capa, o cheiro das páginas, nem pelo simples fato de se sentir bem com o livro nas mãos ou na mochila, ou com o formato e a arte literária. Ainda que seu livro seja digital

Ainda que seu livro seja digital (touch screen), ainda assim ele é bibliófilo, porque para além do tato nas páginas em suas diversas texturas, a trama e a organização das palavras, independente da tecnologia, o conhecimento produzido pelas letras, faz do leitor um ser, cujo sacrifício está além do brilhantismo intelectual – é um estilo de vida, é um prazer.


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